terra natal... nem sei mais como é sentir-me em casa - essa não é mais a minha, sinto estranho, um estranho num luar conhecido, barulhos-cheiros-familiares, não me vem como a infante alegria daqueles dias... é o segundo e mal sai da casa... fui em icoraci e mais lembranças boas - parece que foram noutra vida... devo ir mais longe? estou a minha procura, mas acho que me deixei em macapá... tenho planos e nunca tive tantos planos a curto prazo, tantas esperanças ao longo do caminho, mesmo assim durmo como quem iberna a espera de que o inverno passe... pela manhã levanto e logo volto a cama, almoço e retorno ao leito pela tarde como quem estivesse cavado um poço... no qual me jogo a sonhar - é tão melhor quando o sono é protegido... mas miha cabeça dói quando acordo... tudo aqui está em destroços a pessoa mais forte fisicamente que já conheci (meu avo) fará 84 daqui a 15 dias e o tempo parece lhe consumir de uma forma irreversível... tudo nos leva a esse lugar... a terra é viva por guarda...