Uma noite bem sonhada...

Dormir, sonhar... voar num chão de plumas
E não há acorde, nem volte que me faça erguer
Como o frio repousa cada molécula no assoalho
Meu único trabalho é existir

E ser de uma maneira que de tudo me instigo
Pareço perdido, sei que enfim me encontrei

E se os olhos enganam
Basta abrir as páginas dos sonhos
E outra vez voar nas nuvens doces
De algodão que tapam meus ouvido

Ruídos do nada
Respiração latente
Extase completo em minhas mãos

Quente o coração fibrila
E a gota ínfima do meu sentir
Esvai pelo olhar fechado

Salgado o sangue acorda
A boca para outra louca viagem
Na paisagem sou só mais uma flor
Ao bel prazer de quem quiser colher-me

Para qualquer dor terrena

Estarei dormindo.

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