Sem inspiração

Hoje não estou nem um pouco inspirado
Rimando passado com lado
E colado os dedos na cabeça
Junto com os papaeis espalhados na mesa
Ah, que saudades do Eça
Que falta me faz minha natureza
Tonto e são suficientemente
Para saturar-me de mim
Sem achar do poema um enfim
Buscando ainda seu começo
Olhando as nuvens que formam a chuva
E com o pensamento ainda aceso
Espero a senção que com ela turva
A luz que cega-me os ouvidos
Que não escutam os pedidos
De começar a chorar
Viver meu sentimento
De sonhar com o que em mim há
De internar-me num convento
De ler a matemática de minha filosofia
Que mata e afaga minha doce utopia
As conversas compostas de ruídos
Homem que em cima de fonemas perdidos
É poeta que não é digno de seu nome
Termina poemas com verso sem rima

Comentários

Anônimo disse…
Tantas coisas vagando na minha cabeça e a única certeza é a de não estar conseguindo discernir os altos e baixos disso tudo.
Beijinhos
Laura

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