Num canto qualquer
A biblioteca é uma câmara secreta
Cada livro ali contido
Sem chaves ou segredo
Constitue uma janela aberta
Este lugar que é público e eterno
Hora no apogeu da civilização
Noutra relegado ao esquecimento
Tem a memória do próprio tempo
Mais que uma coleção de livros
Nela se encontram sistemas planetários
Nebulosas e buracos negros
Cada janela agora aberta
Aciona um buraco de minhoca
Que nos leva imediatamente
Num caminho sem volta
Pra que serve isso então?
Serve para servir...
A mim de um jeito e a você de outro
E para aquele que escreveu
Serve para nunca estar morto.
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