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Mostrando postagens de janeiro, 2007

tratamento

dias cheios me esvaem do que penso e sobra o trabalho formigando os dedos do pé - que a sandalha de numero menor faz o favor de suavemente cortar com seu calor plástico. voltei para a fábrica de pesadelos, onde corredores operam a passagem com rúbricas e títulos, o tempo é mero instrumento do ócio de um cafezinho frio, escadas rolam sobre minhas costas... (tenho que voltar)

medo

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não sei bem como vim parar nesse lugar... é uma espécie de revés do claustro, enquan do o casulo seria o lar perfeito. a imensidão de tudo me faz deparar com a fronte do espelho e desse rapaz que me (des)faz tão as sim, preferia estar do lado de lá: doente, só, sem saída, fraco, velho e com esperança de que viveria muito menos, mas ainda assim com fé liz c idade. e por isso sou duro como a semente que não germina, inerte num rio que a leva pro fundo o ce ano, para a eterna angustia de ter caído no lugar errado.