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Mostrando postagens de janeiro, 2015

For me

A fome não é exclusividade de ninguém.  Ela, a fome, não vê idade nem endereço.  Quando vem, vem e pronto. Bate e fica, devora as horas, reclama os segundos, doi a cabeça do estômago, os pés fraquejam e a garganta seca. Ela é universal entre os homens,  pouco generesa com as mulheres e impiedosa para com as crianças. "Dai de comer a quem tem fome", tudo no mundo se come - bem sabem os cupins e as baratas que regeneram esse tudo que lhes sobra em alimento, já por outro lado tem aqueles que so comem o que desejam, pois bem, esses não conhecem a fome e nem as guerras e nem tampouco o gosto de sua finitude. Eis que é o melhor tempero.

A força da palavra

A palavra "forte" não é mais forte que a palavra "fraco". A força da palavra não está na semântica, está na oratória. Pois uma palavra não é nada sem contexto, sem voz. Tem alguma palavra mais pesada que "nada"? Pois "tudo" nem sempre representa o todo, é sempre uma fração de algo e o nada por sua vez sempre representa ao ausência completa.

Água

Dela me nutro, nela me inundo, sem ela sou nada, minha metade inanimada - minhas entranhas irrigam feito rios mata adentro, no pior e no melhor momento serei sempre água. Como bom ribeirinho urbano, me banho de chuva nas tardes cinzentas e tal qual a flor do deserto aguento descontente sua ausência anunciada. A venta seca anuncia a prisão empoeirada, condicionado ao claustro contidiano me sinto numa jaula amordaçado, não sinto as gotículas umidecerem o ar que me invande, nem tampouco as guelras que me faltam num mergulho fantástico que desejo... Maldita civilização, seguiu o caminho errado, era em Atlântida que deveriamos nascer, ou no reino das amazonas,  não numa metrópole provinciana que mal sabe aonde quer ir, nem de onde veio. Perdidos entre a hegemonia e a falta de resistente memória. Não acredito nisso! Nem em qualquer outra cousa que se diga, acredito em mim e na sagrada família. Tenho esperança em alguns, mas três pés atrás com muitos. Não quero estar certo, não quero nada

Música

Toda canção diz algo. Alguém que entenda o que ela diz sempre haverá, mas há também aquelas que todos entendemos... Mesmo que num dialeto estrangeiro desconhecido,  mesmo que sem palavras, a música diz, talvez em uma linguagem própria do inconsciente ou do coração (como dizem os mais românticos). Dentre as artes ela é sem dúvida a mais simples e avançada esteticamente. Um trabalho de gerações que culminaram nos nossos sons: eletrônico, acústico, folclórico ou qualquer outro que se intitule e que fala de maneira tão singular aos bons ouvintes e a quem mais escutar possa. Ela é irmã do tempo, ou melhor, é parente do momento. Pois  é capaz de transportar-nos como mágica na primeira nota para outra década ou milênio. E com ela seguimos para lugares distantes, num piscar de olhos e visitamos mesmos aqueles inimagináveis, é desta forma o transporte mais rápido e eficiente já inventado... Entre as minhas canções favoritas estão as de criança, ainda me lembro de ouvir muitas na voz doce de