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Mostrando postagens de agosto, 2007

escre(ver)

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hoje foi um dia, uma quarta-feira daquelas, é o dia da semana em que saio pra ver o qua ainda me resta lá fora... "Não sei como as coisas ficaram assim, de repente meu melhor amigo virou essa máquina. No ano em que me (des)fiz de tudo, tranfigunrando em lembranças/esquecimento, ilha da casa, sem est udo - o pronome possesivo tornou-se excessivo, então me des-fiz dele também. Não há culpados onde nada prevalece, talvez seja a hora de se purificar e, como todos sabemos, 2007 é um ano-limite..." Quando aqui cheguei ainda, as pessoas eram as mesmas que deixei, eu não - lá estava tocando as coisas da universidade - pareço ter me cansado das pessoas de lá, quando percebi que o dia se perdera ao por o pé na rua... não há volta. A dor acompanha cada passo por mais distante que esteja... "sempre preferi o casulo, dentre rastejar ou voar efemero e descontrolado pelo ar: ser atropelado por uma borboleta embriagada é essa experiência que vivo, estar preso a mim como num casulo...

http://o-casulo.blogspot.com

velhas variações sobre a produção contemporânea - Agora mesmo algum maluco deve estar postando qualquer treco genial na internet, alguém deve estar pensando em como melhorar aquele texto enquanto lota o especial de vinagrete, perseguindo obstinadamente um acorde voltando da padaria. - Agora mesmo alguém pode estar pensando que guardamos só pra gente o lado ruim das coisas lindas – assim, trancafiado a sete chaves de carinho – alguém pode estar sentindo tudo ao mesmo tempo sozinho, assim brutalmente sentimental, feito coubesse toda a dignidade humana num abraço tímido. - Agora mesmo alguém deve estar limpando cuidadosamente o CD com a camisa, pulando a ponta do pão pullman, sentindo o baque da privada gelada, perguntando quanto está o metro daquela corda de nylon, trepando no carro, empurrando o filho no balanço com uma mão e na outra equilibrando a lata e o cigarro, agora mesmo alguém deve estar voltando, alguém deve estar indo, alguém deve estar gritando feito um louco para um outro a

silencio

PEQUENO ESCLARECIMENTO "Os poetas não são azuis nem nada, como pensam alguns supersticiosos, nem sujeitos a ataques súbitos de levitação. O de que eles mais gostam é estar em silêncio - um silêncio que subjaz a quaisquer escapes motorísticos e declamatórios. Um silêncio... Este impoluível silêncio rm que escrevo e em que tu me lês." mario quintana [Silêncio] haver de árvore, furto um fruto da terra semeio a palavra (suspiro) O pássaro e o nada - nado da asas mensagem do assobio Vôo mais alto pluma d'água rio em gotas há casa e canções no armário - naftalina Não me comovo deito no leito da costa - papel caneta vagueio pela janela até encontrar um início

nego

não sou eu Roendo o vento Assombração Colher de tempo e religiões Choro das crianças Criação legislada e registrada Contra qualquer vontade Imperioso... Fiz meu gozo em vão Na lacuna - previo aviso Emoção do calor Anti-estético monossílabo serei para sempre A outra O risco que incita nega Não!

Macapá

Ecoa dor De amar zonas Água de ressaca

Ela

Quem é ela? Lá está! Ligando lugares Fora do tempo Veio na surpresa Exclamou bocejante Desespero do grito sublime Em meio a animação Fim da alma Inicio da ação.

Ouço

Na coação dos olhos teu desejo Reflito oposto Desfazendo o rosto sobre as mão Escondido escuto Gemido da brisa sussurrar tua saída Vida...

sem titulo

Costas, encosta fria Rio, traga-me vento Aromas do relento escuridão Minha boca sangra A língua inflamada Dentes tenros... paladar de grilo Engolir a noite Mergulho na chuva Ela em mim Deixo a luz entrar descalça limpa os pés na cortina Cobre tudo no quarto...