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Mostrando postagens de abril, 2008

fora do tempo

"Quando não tinha noção das coisas, nem sabia disso Agora então até imaginar fica difícil." Tem pó, tem problema, mano velho. As coisas quando enpoeram é que já estão fora do seu tempo, envelhecidas. Cuidar da vida e tirar a poeira das estrelas, saber sonhar em dias de chuva, nadar ao sol. Vejo o mundo bem diferente e nem sei quando tudo mudou, o tempo se fora, fora cá somos poeira do infinito - planos de reforma e viagens sempre dizendo que o futuro espera, esperamos por ele então? Não seria melhor marcar um encontro pra hoje, agora mesmo? Escolha: entre o desconhecido e o provavel, entre o museu e a musa, acordar ou continuar sonhando... A lucidez é um estado de espirito equivocados. Vozes iguais dizendo a mesma coisa e fazendo outras, lendo, lendo, lendo a mesma lenga-lenga, prefiro longas ondas de rio - sorriso de peixe e uma rede pra escrever besteiras.
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trago amargo a boca Inspira chama Nuvem de pensamento

fumaça

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fez sol mais cedo, quase lavei as roupas Vieram os trovões dizer que não... Antes de sair me encantei pelas flores fiquei ajeitando, fazendo caminho pras trepadeiras Elogiando as brancas e meiguindo as liláses Elas sempre se espertam tempo de chuva Inda era tardinha quando a bela da noite acordou Fazendo estrelar toda varanda na simbiose com a bugavilhe Crepúsculo encantado Tardo Mariposas vem namorar noite a dentro... Na aula chuva e apagão tanto faz jaz um dia a menos.

dúbio

Quando nem dá vontade de sair da cama O mundo anda tão feio... Sinto como se estivesse perdido dentro da minha vida Uma especie de dor cativa me entorpece Feito o mal que habita na humanidade Já nem tenho tantos compromissos Fico a espera dos frutos semeados Da chuuuva para regá-los E de flores para dias mais coloridos Tudo demora, mas como é boa a paz da espera certa Nem tenho pressa de viver Nem tanta fome de coisas novas Que quando amanhece ainda espero outro sonho Quando chego noite em casa inda tardo a dormir E se escrevo sempre me perco O tempo se foi num momento e me levou consigo...

chova!

dias e noites chovem sem dar trégua gosto mesmo de caminhar assim sentir a água encher o rosto gota a gota até que a boca sacie seu tato com o suco do tempo... "quero ser sozinho" que não sei lidar com meninas "come chocolates" enquanto há desejo... abril chega despedaçando as roupas no varal me sinto como uma delas daquela espiral rodando moinho ou roda gigante de girino... serei um técnico nesses dias objetivos de ter que viver "mas somente dentro da técnica" que nem resisto a toda metafísica e ao por do sol equatoriando vivos e mortos no oceano amazônico... Deixarei a licoreria e a tabacaria fora de rumo, que quando cair profundo talvez ache um atalho pro outro lado, antes que se acabe o mundo. ps: acho que estou de volta