escre(ver)


hoje foi um dia, uma quarta-feira daquelas, é o dia da semana em que saio pra ver o qua ainda me resta lá fora...

"Não sei como as coisas ficaram assim, de repente meu melhor amigo virou essa máquina. No ano em que me (des)fiz de tudo, tranfigunrando em lembranças/esquecimento, ilha da casa, sem estudo - o pronome possesivo tornou-se excessivo, então me des-fiz dele também. Não há culpados onde nada prevalece, talvez seja a hora de se purificar e, como todos sabemos, 2007 é um ano-limite..."

Quando aqui cheguei ainda, as pessoas eram as mesmas que deixei, eu não - lá estava tocando as coisas da universidade - pareço ter me cansado das pessoas de lá, quando percebi que o dia se perdera ao por o pé na rua... não há volta. A dor acompanha cada passo por mais distante que esteja...

"sempre preferi o casulo, dentre rastejar ou voar efemero e descontrolado pelo ar:

ser atropelado

por uma borboleta

embriagada

é essa experiência que vivo, estar preso a mim como num casulo... tendo como companheiras mãe e irmã"

Aí cheguei com uma puta dor de cabeça... roendo os pensamentos e o olhar (odeio cefaléia, parece que fiz algo de errado e essa cabeça animal não sabe dizer o que) lanchei e acabei cochilando na rede - era tardizinha havia posto a tela para os carapanãs não entrarem - deitado meio torto ao alcance da tv, quando acordei já havia escurecido, não se passara muito tempo, mas me parecia uma nova noite.

"sabe quando a gente dorme de cansado mesmo, não feito um gato pregriçoso, mas do jeito de uma folha seca, é uma especie de morte, então o nada - esse fabuloso souvenir dos sonhos, esvaziando a mente enchendo de iluzões o balão da vida, para novamente acordar"

Vim mexer no computador, quem sabe o não-mundo que é o ciberespaço não me motiva a continuar acordado? algum trabalho ainda dos projetos... e logo o blog, nem tenho mais tanto afinco em mexer nesse estratagema textual, fico com remorsos, eu que sei o quanto sou novo e minha velhice arquética jorrada nessas negras páginas feito eu no abismo da vida. resolvi dar uma volta - ver outros blogs e logo me veio vidasemvida da lorena- já não existe - amiga que me ajudou a criar meu primeiro blog. Mas ela distante tá em sampa, mas encontro no orkut... e logo achei uns blogs interessantes e bora ver... link a link até chegar em mim...as vezes fico triste de ler algo tão belo, meio que com inveja de não poder mais fazer aquilo que fora feito - estou tentando superar, aí tento comentar de forma inteligente, mais tem gente que escreve de um jeito tão intimo e tão distante, que parece intromissão dizer algo.

"sem comentários, isso é muito bom - o paradoxo da idéia nunca vai virar texto sem uma alma na entrelinha, escondida cutucando as palvras pra dizer o que não se diz"

Tenho me dedicado aos vídeos - descobri outro dia que é um verbo /eu vejo/ fiz um video dessa noite, dessas pessoas que nunca verei e que se cruzar num chat vão me ignorar como se igonara uma folha seca...

essa é um despedida, pelo menos por enquanto... estou muito cansado, devo repousar desse blog por um bom tempo. Sempre que venho aqui acabo lendo e re(vive)ndo tantas tristezas... está na hora de olhar pra frente, penso.


Comentários

Lívia Russo disse…
as vezes acredito que você escreva dentro da minha cabeça...
quando acabei de ler...desabei.

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