Divisor de águas

Sempre que algo está cheio, no limite máximo de seu conteúdo, é hora de dividir o fardo com os próximos, querendo eles ou não. Já vi muito disso, quando a natureza de algo se revela. E nem sempre o próximo está pronto para compartilhar a responsabilidade que pensa nem ser sua.

Eis que um rio nunca é o mesmo, mesmo sendo um passageiro constante esse rio carrega tudo que viveu e morreu em suas águas, sem controle ele é a maior serpente amazonida que corre em desespero com sede de mar.

Pois somente o sal é capaz de curar certas angústias, ele enquanto irmão mais velho sabe acalantar as dores que esta cobra trás, sempre aceitando a dor que lhe é imposta. Com sua dose doce de desistência involuntária de seguir o rio correndo permanece forte como uma criança que chora e esquece.

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